segunda-feira, 18 de abril de 2011

O sexto sentido de mãe

Quando eu pensava em começar este ou outro blog que trouxesse vivências de mães, a primeira coisa que me vinha à cabeça era a angústia que vivemos com Alice quando ela era bebê. Não para contar exatamente o que passamos, mas sim pra passar a seguinte mensagem para outras mães: “Nunca subestime o seu coração de mãe. Médicos são maravilhosos e necessários, mas o coração de mãe sabe mais do que tudo. Percebe de longe a necessidade do filho. E os pais que me perdoem, mas coração de mãe tem um sexto sentido mais aguçado”.

E foi assim.....Desde que Alice era bebê que eu sentia “algo estranho no ar”. Sempre me diziam para não comparar o filho com outras crianças, mas acho que isso acaba acontecendo naturalmente quando se vive diariamente em um grupo com vários bebês na mesma faixa etária que o seu. Eu acompanhava o desenvolvimento de cada amiguinha da minha filha. A primeira vez que seguravam o brinquedo, a primeira virada, quando começavam a se mexer, a engatinhar. E sempre ficava grilada em ver que Alice não seguia no mesmo ritmo. E em todas as consultas ao pediatra isso era uma questão pra mim. Mas, é claro que em apenas meia hora a cada mês, é difícil para qualquer médico (e o meu era maravilhoso, meu querido amigo Dr. Leopoldo que me deixou com tantas saudades) perceber um pequeno atraso em um bebê. Quantas mães chegam diariamente em um consultório pediátrico com as perguntas mais bobas? Vamos combinar que agüentar mães histéricas não é pra qualquer um, não, né?

Então,voltando ao assunto. Até que, aos nove meses, já não agüentando ver tanta lentidão na Alice, e aconselhada pelo Dr. Leopoldo, procuramos uma neurologista pediátrica. Mexe daqui, mexe dali e ela percebeu que realmente a minha pequena apresentava um atraso motor de cerca de três meses em relação a um bebê de sua idade. Bom, para encurtar essa história, porque acho que blogs não devem ter textos tãoooo longos, Alice fez alguns exames – não deu nada, graças a Deus – fez terapia ocupacional por seis meses e hoje é mais serelepe do que nunca.

E o que fica disso pra mim – e é o que sempre tento passar para várias mães – é que nós, mães, sempre sabemos as dificuldades de um filho, seja ela qual for. Eu sabia, eu via desde cedo que tinha “algo errado”, se é que posso chamar o atraso dela assim. E hoje, quem conhece Alice nem pode imaginar que um dia passamos por isso, não é verdade?

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